Olá Leitores e Ouvintes :)
No post de hoje venho comentar sobre um filme que, depois de muito tempo, consegui ver (Obrigada novamente HBO!). Adaptado de um clássico livro de 1890, de Oscar Wilde (o que geralmente provoca um certo medo em quem conhece a obra original, afinal, adaptações para o cinema nem sempre são perfeitas…), a versão de 2009 de O Retrato de Dorian Gray é bastante interessante e traz à tona uma das questões que, desde a época de Oscar, está mascarada pelas desculpas que damos em nossas rotinas: o Ego
Mas vamos ao resumo, que é o que realmente interessa: Um jovem, tremendamente culto e de beleza um tanto incomum (segundo o autor, “um Adônis que se diria feito de marfim e pétalas de rosa”), se torna herdeiro de uma considerável fortuna e passa a viver na Alta Sociedade Inglesa da época (até aqui, tudo o.k.). O problema começa após conhecer algumas pessoas um tanto quanto misteriosas desse novo mundo, e se deixar influenciar por Lord Henry Wotton, se tornando modelo para o artista Basil Hallward. Passando a ser fonte de inspiração para muitas obras do pintor, sua Pièce de resistance* é um quadro, um retrato, de Dorian. Quando a peça fica pronta, é exposta e a vaidade do jovem retratado na pintura cresce, no que diz respeito à sua beleza física e juventude. Lhe é oferecido, então, uma alternativa heterodoxa: que fizesse um pacto e deixasse a pintura envelhecer em seu lugar, que deixasse a pintura refletir tudo aquilo que sua alma passaria a vivenciar. Pacto feito, Dorian Gray abandona tudo aquilo que aparentava ser e mergulha no ideal de vida perfeita de Lord Henry: sua alma, como consequência, deixa de ser tão bela quanto seu rosto e passa a ser tão cinzenta quanto seu nome.
Em comparação com o livro, que era considerado um símbolo da juventude intelectual “decadente” da época e que hoje é um dos clássicos modernos da Literatura Ocidental, o filme é tão polêmico quanto a obra. Com cenas um pouco fortes, idéias que até hoje são consideradas tabus e apresentação de temas comuns, mas, como dito anteriormente, que ainda sofrem tentativas de serem mascarados, posso dizer que valeu a pena ter lutado tanto para vê-lo, e recomendo para muita gente. Em seu elenco encontramos Ben Barnes (de As Crônicas de Nárnia, Príncipe Caspian) e Colin Firth (de O Discurso do Rei), como Dorian e Lord Henry, respectivamente. A trama segue a linha uma linha de raciocínio bastante compreensível, e a psique da personagem principal é exposta de maneira que o expectador entenda perfeitamente seus conflitos internos, e até se identifique em alguns aspectos.
O livro está disponível para download em versão PDF e o filme, Disponível em DVD e em versões para Donwload, cópias dubladas e legendadas.
“Não existe livro moral ou amoral. Os livros são bem ou mal escritos. Eis tudo.”
-Oscar Wilde
*Pièce de resistance - Parte mais significativa ou valorizada de alguma obra; criação que desafia as próprias capacidades de quem a faz; algo único e especial.
No post de hoje venho comentar sobre um filme que, depois de muito tempo, consegui ver (Obrigada novamente HBO!). Adaptado de um clássico livro de 1890, de Oscar Wilde (o que geralmente provoca um certo medo em quem conhece a obra original, afinal, adaptações para o cinema nem sempre são perfeitas…), a versão de 2009 de O Retrato de Dorian Gray é bastante interessante e traz à tona uma das questões que, desde a época de Oscar, está mascarada pelas desculpas que damos em nossas rotinas: o Ego
Mas vamos ao resumo, que é o que realmente interessa: Um jovem, tremendamente culto e de beleza um tanto incomum (segundo o autor, “um Adônis que se diria feito de marfim e pétalas de rosa”), se torna herdeiro de uma considerável fortuna e passa a viver na Alta Sociedade Inglesa da época (até aqui, tudo o.k.). O problema começa após conhecer algumas pessoas um tanto quanto misteriosas desse novo mundo, e se deixar influenciar por Lord Henry Wotton, se tornando modelo para o artista Basil Hallward. Passando a ser fonte de inspiração para muitas obras do pintor, sua Pièce de resistance* é um quadro, um retrato, de Dorian. Quando a peça fica pronta, é exposta e a vaidade do jovem retratado na pintura cresce, no que diz respeito à sua beleza física e juventude. Lhe é oferecido, então, uma alternativa heterodoxa: que fizesse um pacto e deixasse a pintura envelhecer em seu lugar, que deixasse a pintura refletir tudo aquilo que sua alma passaria a vivenciar. Pacto feito, Dorian Gray abandona tudo aquilo que aparentava ser e mergulha no ideal de vida perfeita de Lord Henry: sua alma, como consequência, deixa de ser tão bela quanto seu rosto e passa a ser tão cinzenta quanto seu nome.
Em comparação com o livro, que era considerado um símbolo da juventude intelectual “decadente” da época e que hoje é um dos clássicos modernos da Literatura Ocidental, o filme é tão polêmico quanto a obra. Com cenas um pouco fortes, idéias que até hoje são consideradas tabus e apresentação de temas comuns, mas, como dito anteriormente, que ainda sofrem tentativas de serem mascarados, posso dizer que valeu a pena ter lutado tanto para vê-lo, e recomendo para muita gente. Em seu elenco encontramos Ben Barnes (de As Crônicas de Nárnia, Príncipe Caspian) e Colin Firth (de O Discurso do Rei), como Dorian e Lord Henry, respectivamente. A trama segue a linha uma linha de raciocínio bastante compreensível, e a psique da personagem principal é exposta de maneira que o expectador entenda perfeitamente seus conflitos internos, e até se identifique em alguns aspectos.
O livro está disponível para download em versão PDF e o filme, Disponível em DVD e em versões para Donwload, cópias dubladas e legendadas.
“Não existe livro moral ou amoral. Os livros são bem ou mal escritos. Eis tudo.”
-Oscar Wilde
*Pièce de resistance - Parte mais significativa ou valorizada de alguma obra; criação que desafia as próprias capacidades de quem a faz; algo único e especial.